domingo, 23 de julho de 2017

Ser... Mulher #1


Mulher é tela colorida, esbatida ou garrida
Dá-lhe vento para voar e chuva para dançar
Não há medo que a derrube quando a coragem lhe chega
Sabe da força de subsistir, sabe da força de parir, criar, sonhar…

Mulher sabe do tempo que passou e vai passar
Mulher sabe do que há-de vir, ainda por definir

Às vezes sem certeza da sua beleza
Lá vai ela ser toda, quando ser metade é tristeza
Mulher, vem daí embalar, embarcar
Na aventura de sentir com tudo o que há para dar

Mulher é gente que embala o mundo
Por tanto saber que a vida é maior que a sua existência
Por tanto saber que sabedoria é amar sem prudência
Incondicional, animal
Ser mulher é instinto que o corpo reconhece
É nutrir de sonhos o corpo que aquece

De corpo inteiro, esvoaçante
De alma cheia, deslumbrante
A braços com o mundo, num suspiro profundo

Ele viajante, ela espírito dançante
Quando ele passa por ela, errante
Descobre rimas controversas
As mais belas notas dispersas
A braços com o mundo, no suspiro mais profundo.



Mais um ano, mais um espectáculo Arte Move com alguns textos CurAção e mais uma oportunidade para dançar! O mote era SER. E, mais que do ser, ser mulher! Foram estas as três mulheres em que me desdobrei este ano, em coreografias de Ângela Eckart e Débora Ávila, mulheres muito criativas e focadas, que me inspiraram a ir com tudo, este ano com noites mais bem dormidas e mais energia do que o ano passado. E um cabelo muito mais difícil de domar em palco! 





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